Picasso. Le temps des Conflits

Picasso. Le temps des Conflits, 2018

Curador: Jean-Marc Prevost

Press release publicado em ParisArt em outubro 2019

Carre d'Art/Musee d'Art Contemporain

Place de la Maison Carrée, 30000 Nîmes, France

Picasso- Le temps des Conflits 2018/2019

(Picasso. O tempo de conflitos)

Press release publicado por ParisArt em outubro 2019

 

Depoimento

 

De 25 de outubor de 2018 a 3 de março de 2019, Carré d’Art-Musée d’Art Contemporain de Nimes apresenta "Picasso-Le temps des conflts (Picasso-o tempo de conflitos)” A exposição reune 37 obras emprestadas pelo Museu Picasso.

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O projeto imaginado por Jan-Marc Prevost apontou a ambição de dar uma olhada sobre “as criações de Picasso durante os tempos de desordem política da segunda guerra mundial até a notável pintura Massacre na Coreia de 1951”

Ele propõe igualmente um diálogo entre as obras de Picasso e de artista contenporâneos. Guernica é evocado por um conjunto inédito de desenhos do artista brasileiro Gabriel Borba Filho e o percurso termina com a vídeo instalação de Rinek Dijkstra Eu vejo uma Mulher Chorando

 

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Tres fotografias de Dora Maar mostram a realização da pintura. Extraidas da crônica documental do trabalho de Picasso que Christian Zervos encomendou a Dora Marr e publicou em 1937 na revista Cahiers d’Art.

Esta apresentação parecerá um tanto reduzida daquela na qual o museu Picasso-Paris expôs este conjunto excepcional de tiragem fotográfica.

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A esses documentos foi acrescentado um curta metragem de Alain Resnais e Robert Hessens realizado em 1950. Depois de uma breve introdução sobre o bombardeio de Guernica, Maria Casales lê um texto de Paul Elouard sobre as atrocidades e os 2000 inocentes mortos de Guernica.

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Esta evocação da pintura de Picasso é acompanhada por cinco desenhos do artista brasileiro Gabriel Borba Filho. Para a Bienal de Paris de 1977, Borba Filho imaginou um conjunto de móveis, espreguiçadeiras e redes, para receber as figuras em sofrimento de Guernica.

 

A sutileza do traço de Borba Filho está infelizmente turvada por algum efeito de espelho refletido pelo plexiglas que o protege...

 Jean-Marc Prevost, curador.

(Trechos da apresentação.)

 

nota: Pequeno Mobiliário Brasileiro era apresentado em cópia heliográfica como de uso em projetos de arquitetura e design. Os originais estão mantidos na Galeria PM8 cujo diretor e  curador Francisco Salas os emprestou ao Carré d'Art para esta exposição.

Sua intenção condutora tem sido trazida à superfície, como de praxe hoje em dia. O Enterro na Rede (note-se a rede aí) na prancha 1, extraido da pintura de Portinari; Criança Morta de Portinari, Estudo de Picasso e Massacre dos Inocentes de Poussin (meus 3 Ps da prancha 2), representavam mais que a tristeza do luto, o desespero da impotência. Reduzir a agonia pessoal ao desconforto do enfrentamento de opressões circunstanciais é apontar só uma parte. E no sentido oposto. Apontar a causa não a coisa.

Tomando a sequência de pranchas como narrativa, o enredo passa pelo Guerreiro Morto, este sim heroi vítima de uma causa, e volta às mulheres que sofrem iluminando a cena. É do sofrimento imposto que se trata aqui e não do impostor que está por toda parte e sempre estará.

Gabriel Borba, 2019 .

Conjunto da Obra

Pequeno Mobiliário Brasileiro