6º Salão de Arte Contemporânea de Campinas

6º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, 1970

Salão

Juri de seleção Frederico Moraes José Roberto Teixeira Leite Maria Eugênia Franco Pedro Manuel Gismondi Sergio Ferro

Catálogo                                                                                             

 

  

 

 

 

Conjunto da Obra

Jaula da Anta heliografia, 1976

Heliografia com madeira e fio, 47.70 X 57.00

Obras, Séries e Coleções: Jaula da Anta

Exposições: Copy Art in Brazil, 1970-1990, Espaço B / MAC, In Contextu, IX Congresso Brasileiro de Arquitetos

 

Jaula da Anta para o IX Congresso de Arquitetos

Meu depoimento

 

 Em agosto de 1976 inscrevi-me na Exposição Nacional de Arquitetura do IX Congresso Internacional de Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, apresentei o projeto  Jaula da Anta, em cópia heliográfica a partir de desenho em papel vegetal.

Ao desenho que se vê aqui foi acrescentada, uma faixa lateral com o título da exposição e do congresso (obrigatórios) e, por minha conta, um “memorial descritivo” dizendo:

 

“Duas as Arquiteturas:

Uma ampla, grande, monumental,

Outra simples e próxima.

 

Aquela da nação, do continente,

Do mundo.

Esta, da Anta.

 

(o resto eis que é cimento)”

 

Ao pé da imagem, um desenho mais elaborado, igualmente em heliografia e de mesmo tamnaho, preparativo daquele que foi para a Bienal de Paris no ano seguinte, para a qual fui convidado.

 

Como em Esopo, a alegoria das figuras escolhidas para compor o projeto induz significados além das suas aparências. Corda, pena e anta são figuras da linguagem popular que usadas em uma mesma frase podem projetar um universo significativo –no caso prefiro a conotação simples, ao extremo, simplório, para anta. Experimente: "É uma anta. Que pena que esticou a corda até que arrebentasse"

O cavalete, suporte de coisas, conforme se o desenhe deixa-se ler ANTA. Liga-se a ME, substituição do sujeito por uma abstração de si e, com esforço, à cena do espelho em Nós Versão II.

Gabriel Borba, 2019